sexta-feira, 19 de outubro de 2012

I Simpósio de História da UESPI e II Semana de História da UESPI em PIRACURUCA.


Com a temática: “História Plural: História, Linguagens e Educação”, é que se inicia no dia 28 de outubro e vai até dia 01 de novembro de 2012, o I Simpósio de História juntamente com a II Semana de História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), no pólo da cidade de Piracuruca (PI).
O evento está organizado em conferências, grupos de trabalho, mesas redondas, minicursos, oficinas e apresentação de trabalhos via pôsteres e comunicação oral.
O objetivo principal a ser atingindo com essa iniciativa é de promover uma discussão sobre as tendências e orientações no campo da produção do conhecimento e do ensino em História em suas inter-conexões com outras áreas do conhecimento científico-cultural, através da socialização da produção científica e pedagógica de docentes e discentes da área de História e de áreas afins.
Também espera-se atingir o maior número possível de discentes e docentes de História e outros cursos da UESPI, bem como setores da comunidade acadêmica em geral e de outras Instituições de Ensino Superior, interessados na temática.
As inscrições com apresentação de artigos já começaram e seguem até dia 20 de Outubro e sem apresentação até o início do evento. O resultado dos trabalhos aceitos será divulgado dia 24 de Outubro.
Para maiores informações, visite o blog do evento: http://1simposiodehistoriadauespi.wordpress.com/ ou entre em contato com o Professor Calil Felipe: (86) 8155-4420/ 9977-4798 e e-mail: felipecalilabrao@gmail.com

III Semana & IV Simposio de História da UESPI - CCM



Acontecerá entre os dias 20 a 23 de novembro de 2012 a III Semana de História e o IV Simpósio de História do CCM. Essa iniciativa é uma das principais atividades realizadas no Campus. Ela acontece por iniciativa de docentes e discentes do curso de História, e tem como temática, para o ano de 2012, História, Cultura e Sociedade. A escolha dessa temática justifica-se pela considerável produção científica nas universidades e faculdades brasileiras, dentro dessas linhas de pesquisa. Assim, a Semana de História do Campus Clóvis Moura, da Universidade Estadual do Piauí, intenciona promover o diálogo e o debate acadêmico de estudos que envolvam abordagens teórico-metodológicas no âmbito da história, da cultura e da sociedade, estimulando pesquisas que permitam a interdisciplinaridade da História com outras áreas do conhecimento.
As inscrições poderão ser feitas na coordenação do curso do Campus Clóvis Moura ou on-line. Nessa opção, a taxa deverá ser efetuada por meio de depósito identificado no BB, agência 1640-3, CC 51.998-7, em benefício de Francisco Alves da Costa, e o comprovante deverá ser digitalizado e enviado junto com a ficha de inscrição para o email: 3semanahistoriaccm@gmail.com. Não será aceito depósito em envelope.

I.             As inscrições para SIMPÓSIOS temáticos acontecerão
De 01/10 a 30/10/12.
Valores: 20,00- graduandos e graduados, 25,00- alunos de pós-graduação e professor

De 31/10 a 05/11
Valor: 25,00 graduandos e graduados, 30,00 alunos de pós-graduação e professor

II.           As inscrições para PAINÉIS (banner) serão apenas para estudantes de graduação e ocorrerão
De 01/10 a 25/10/12.
Valor: 20,00 para cada autor

De 26/10 a 29/10.
Valor: 25,00 para cada autor

III.          As inscrições para OUVINTES (sem apresentação de trabalho) ocorrerão
De 01/10 a 30/11.
Valor: 15,00 (com direito a mini-curso)

De 31/10 a 16/11.
Valor: 20,00

Confira a programação:
 

domingo, 10 de junho de 2012




Emocionante, esse foi o tom da realização do II Seminário em defesa da Memória, Verdade e Justiça: pela abertura dos arquivos da ditadura. O evento ocorreu dia 06 de Junho, quarta-feira, no Auditório da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus de Parnaíba.

Segundo os organizadores do evento o Prof. Dr. Roberto Kennedy Gomes Franco do Curso de História da UESPI e a Prof. Dr. Tânia Serra Azul Machado Bezerra do Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Piauí – UFPI, o Seminário deseja trazer para o debate, possíveis outras Histórias da Ditadura Civil-Militar no Piauí entre os anos (1964-1988).

Participaram dos Debates:

Os familiares de Antônio de Pádua Costa, Sr. Raimundo Costa e Srª. Maria Olímpia Costa, irmãos do parnaibano Antônio de Pádua, morto na guerrilha do Araguaia em 1974. Foram exibidas fotos e detalhes da vida e morte de Antônio.


O Seminário foi aberto com apresentação do Projeto de Pesquisa: OUTRAS HISTÓRIAS DA DITADURA CÍVIL-MILITAR NO PIAUÍ, uma forma que o Grupo de Estudos Marxistas Piauiense encontrou para destacar a luta pela memória daqueles que foram “silenciados”, mortos e/ou torturados durante o regime militar.

O projeto tem como objetivos:

  • Realizar, transcrever e analisar entrevistas com familiares diversos, amigos entre outros que conheciam Antônio de Pádua Costa, assim bem como, localizar imagens e/ou outros vestígios de sua existência;
  • Questionar sobre que possíveis outras histórias da ditadura militar pós-64 podem ser escritas e/ou por que foram “esquecidas”, “silenciadas” no Piauí?;
  • Mobilizar sociedade civil, entidades jurídicas, acadêmicas, religiosas, escolas para o Debate sobre o Comitê Memória, Verdade e Justiça mediante o debate em torno da memória do guerrilheiro piauiense morto no Araguaia Antônio de Pádua Costa;
  • Foto-digitalizar os documentos do 1º Inquérito Policial Militar da Subversão, realizado pela 10ª Região Militar, encontrado tanto nos arquivos da 10ª Região Militar, situada em Fortaleza/CE, como nos arquivos da Associação 64-68 Anistia, também em Fortaleza/CE.
  • Mapear registros diversos, sobre prisões, monitoramentos, desaparecidos e/ou torturas de piauienses dentro e fora do estado.
  • Analisar nos arquivos digitais do Projeto Brasil Nunca Mais, disponível para acesso via internet, contendo a reprodução de 707 processos judiciais contendo cerca de 1 milhão de cópias em papel e 543 rolos de microfilmes, índicos sobre a memória da ditadura militar no Piauí.


Esteve presente também na segunda etapa do seminário, Antônio de Damião de Sousa, trabalhador Rural, membro do Sindicato dos Trabalhadores rurais de Campo Maior, recentemente anistiado, Sr. Damião, conforme ele mesmo diz: “foi judiado, torturado e quase assassinado (quando amarrado e jogado dentro do rio Poty em Teresina) pelo latifúndio capitalista de exploração do homem pelo homem na era da ditadura”, entre outras coisas lembrou das perseguições, fuga para os Estados Unidos, com o apoio da Igreja Católica, e ainda, da importância da Educação para os jovens de nossa era.

Se fez ainda presente, Maria do Carmo Moreira Serra Azul: Economista e Auditora Fiscal do Estado do Ceará. Esta, durante a ditadura, organizou a revolta das saias no Ceará, considerada a maior manifestação feminina da América Latina na época. Foi Diretora do CESC-Centro dos Estudantes Secundaristas do Ceará e Militante de AP-Ação Popular. Maria do Carmo debateu sobre as torturas que sofreu, sobre as consequências do golpe civil-militar de 1964 para sua geração, como economista fez uma análise crítica de conjuntura das relações político-econômicas do Brasil nas últimas décadas, contextualizou os limites e possibilidades da comissão da verdade instaurada pelo governo federal em 2012, entre outras reflexões.


O evento simboliza a conquista da luta de muitos brasileiros que se mobilizaram pela punição dos crimes cometidos durante a ditadura civil-militar. No Brasil todo, têm sido criados Comitês em nome da Memória, Verdade e Justiça. Na cidade de Parnaíba, por iniciativa do Grupo de Estudos Marxista Piauiense – GEMPI, o Comitê foi criado dia 22/05/2012, nas dependências da Universidade Estadual do Piauí, reuniram-se no Seminário, pessoas e entidades diversas, representando a sociedade civil organizada em prol da Memória, Verdade e Justiça do povo brasileiro/piauiense.

O evento contou também com o apoio do Centro Acadêmico de História da UESPI de Parnaíba, Centro Acadêmico de Pedagogia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), de Parnaíba e do Diretório Acadêmico ‘3 de Março’ também da UFPI de Parnaíba.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Segunda parte do SEMINÁRIO EM DEFESA DA MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA: Pela abertura dos arquivos da DITADURA.




Passado a primeira parte do SEMINÁRIO EM DEFESA DA MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA: pela abertura dos arquivos da ditadura, que aconteceu no dia 22 de maio de 2012 às 18h, no auditório da UESPI de Parnaíba, sendo um sucesso de público. Agora será realizada a segunda parte do evento no dia 06 de junho de 2012, no mesmo local e horário, no qual, virão militantes de Ação Popular, presas e torturadas no período da Ditadora Militar.

São elas:

  • MARIA DO CARMO MOREIRA SERRA AZUL: Organizou a revolta das saias no Ceará, considerada a maior manifestação feminina na América Latina na época. Diretora do CESC-Centro dos Estudantes Secundaristas do Ceará e Militante de AP-Ação Popular.
  • MIRTES SEMERARO DE ALCANTARA NOGUEIRA: Líder Nacional de AP-Ação Popular, Diretora CESC-Centro dos Estudantes Secundaristas do Ceará SESC ceará. Mirtes estava no conflito da Rua Maria Antônia, queimada com acido na briga com o CCC-Comando de Caça aos Comunistas. 


Também será realizada uma homenagem a ANTÔNIO DE PÁDUA COSTA (Piauí) - (1943-1974), estudante de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro, desaparecido desde o início do ano de 1974.

ANTÔNIO DE PÁDUA COSTA - GUERRILHEIRO PIAUIENSE

Pai: João Lino da Costa, Mãe: Maria Jardelina da Costa.

Guerrilheiro PIAUIENSE da cidade de PARNAÍBA, no Delta do Parnaíba, estudava Física na Universidade Federal do Rio de Janeiro quando começou a participar ativamente do Movimento Estudantil entre os anos de 1967 e 1970. Fez parte do Diretório Acadêmico do Instituto de Física e foi membro do Conselho de Dormitório do Alojamento do “Fundão”. Preso durante o 30º Congresso da UNE, em Ibiúna (SP), foi indiciado em inquérito e passou a ser perseguido pelos órgãos de segurança do regime militar. Optou pela militância política clandestina, quando já era militante do PCdoB. Mudou-se em 1970 para o Araguaia, fixando residência na localidade de Metade, onde era conhecido como Piauí. Foi o vice-comandante do Destacamento A e, após a morte de André Grabois, assumiu o comando.

Citado no livro BACABÁ, de José Vargas Jimenez, militar que combateu a Guerrilha; "Dos guerrilheiros que foram interrogados, Piauí foi o mais corajoso e valente. (...) Piauí aguentava o interrogatório sem gritar ou reclamar, era um dos poucos guerrilheiros bem preparados para a luta." (HABEAS CORPUS, 1a edição, SDH da Presidência da República, página 187).

Este evento está sendo realizado pelo GEMPI – Grupo de Estudos Marxistas Piauiense, Centro Acadêmico de História da UESPI – Parnaíba, Centro Acadêmico de Pedagogia da UFPI – Parnaíba e Diretório Acadêmico “3 de Março” da UFPI – Parnaíba.


segunda-feira, 21 de maio de 2012

SEMINÁRIO EM DEFESA DA MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA: pela abertura dos arquivos da Ditadura.



Acontece amanhã, dia 22 de Maio, no Campus da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) de Parnaíba o Seminário em Defesa da Memória, Verdade e Justiça: pela abertura dos arquivos da Ditadura.
O evento é organizado pelo Grupo de Estudos Marxistas Piauiense (GEMPI-UESPI), Centro Acadêmico de História da UESPI Parnaíba, Centro Acadêmico de Pedagogia da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Diretório Acadêmico 3 de Março, além do movimento social Levante Popular da Juventude/PI.
De acordo com o prof. Dr. do Curso de História UESPI Parnaíba, Kennedy Gomes Franco, o Seminário vai contar com a participação de Sílvio Mota, Comandante do GTA/CE (Grupo Tático Armado) da ALN (Ação Libertadora Nacional), membro da Associação Brasil-Cuba e Coordenador da Comissão em Defesa da Memória, Verdade e Justiça no Ceará, José Machado Bezerra, Membro do PCBR e anistiado político; Paulo Henrique Oliveira Lima, Estudante de História da UECE (Universidade Estadual do Ceará) e membro do Movimento Social Levante Popular da Juventude do Ceará.
As inscrições estão abertas e para emissão do Certificado os inscritos devem procurar o aluno de História da UESPI, Samuel Lima (sml176@gmail.com), com as seguintes informações: nome completo, instituição, e-mail e número para contato.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Ato UNIFICADO em Prol da EDUCAÇÃO PÚBLICA


O Levante Popular da Juventude - PI e demais entidades, como SINTE - PI Regional Parnaíba, ADCESP E ADUFPI, convida todos que queiram lutar por uma educação mais justa e de qualidade para sexta-feira (04/05/2012) fazermos um ato unificado em prol da educação pública de qualidade, concentração na UESPI, saindo em passeata até a Praça da Graça, onde acontecerá o ato cultural, com bandas montadas por estudantes e uma apresentação de um grupo de dança de rua (HIP HOP). Vamos todos estudantes, tanto universitários como secundaristas, professores e demais interessados em fortalecer a luta pela educação em nosso Piauí.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

UESPI PARA SUAS ATIVIDADES (25/04/2012) EM PROL DA EDUCAÇÃO PÚBLICA NO PIAUÍ

 


Neste ano de 2012 vemos o colapso na educação pública no Piauí em todas as suas esferas; Ensino Fundamental, Médio e Superior. O que nos leva a reflexão sobre o que está acontecendo na nossa terra querida! Se a educação é a base de toda sociedade devemos notar que no Piauí as coisas não andam como deveriam, seja na questão de remuneração ou no estado físico das instituições, todos tem uma exigência: Professores pedem melhores salários e condições dignas de trabalho e maior respeito com sua categoria, alunos pedem ENSINO DE QUALIDADE, MELHOR ESTRUTURA, e uma ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL digna e concreta.

Assim não podemos permanecer inertes diante de tamanha falta de respeito e dedicação das autoridades para este que é o pilar básico da sociedade, devemos, portanto unidos buscar meios de conquistar e reestruturar a educação piauiense que está precária.

Diante de tal situação, ontem dia 25/04/2012, foi o dia das paralisações, pois todas as categorias da educação, tanto professores das UFPI, IFPI e os professores da UESPI de Parnaíba junto com os estudantes paralisaram suas atividades por todo o dia, fazendo atos em frente a instituição, como exibição de filmes e no turno da noite teve um show cultural, com bandas formada pelos próprios discentes, com o intuito de mobilizar a comunidade acadêmica para lutar por melhorias na EDUCAÇÃO PÚBLICA, colocando em pautas suas reivindicações.











quinta-feira, 1 de março de 2012

CARTA ABERTA DO MOVIMENTO ESTUDANTIL DA UESPI DE PARNAÍBA CONTRA A ADESÃO AO ENEM


Em um artigo intitulado "Educação no Brasil atual: entre mentiras e verdades – com arma e munição” a professora Maria José Albuquerque da Silva¹, ex. professora da Universidade Federal do Piauí (UFPI) – CAMPUS Parnaíba, nos traz uma reflexão sobre a atual Educação Brasileira. Nesse artigo ela nos conta que: 

No século XVI o Brasil foi invadido e conquistado pelas civilizações europeias ditas “superiores” (Portugal e Espanha) na base da rapina e do terror, dizimando a todos que se opunham às suas pretensões de domínio e controle econômico, político e ideológico. No entanto, em pleno século XXI aprendemos que o país foi descoberto e desbravado por bandeirantes gentis. Aprendemos também que a força de um grito à beira de um rio tornou esse território independente, livre e soberano. Além disso, nos ensinaram que foi preciso uma simples assinatura para decretar a abolição da escravidão, e uma respeitosa carta destinada ao governo imperial (Português) teria sido suficiente para instalar o novo regime republicano e inserir a nação no rol dos países modernos e avançados, reforçando a generosidade dos “nossos bravos heróis”. Quantas estórias têm sido contadas como verdades por séculos e séculos!

Vivemos em uma nação marcada por profundos contrastes sociais, grandes fossos de desigualdades e injustiças separando ricos de pobres, bem ao gosto capitalista neoliberal ditado pelos países parasitários mais desenvolvidos, embora se propague de norte a sul e de leste a oeste que somos um povo cordial e hospitaleiro “por natureza”.

Hoje, o país tem muitos experts diplomados nas grandes universidades e faculdades brasileiras, estadunidenses e europeias, os quais vêm assumindo cargos importantes no serviço público ou passam a atuar como empresários, por exemplo, da educação - enquanto mercadoria e negócio altamente lucrativo -, criando, ou melhor, recriando a partir de modelos transplantados, estratégias metodológicas e mecanismos de avaliação pautados tão-somente em conhecimentos objetivos e mensuráveis da realidade.

Hoje o que vemos nas escolas de ensino fundamental e médio do país, é que estão planejando suas ações e formulados seus projetos pedagógicos em função dos índices de classificação e aprovação nas provas para ingresso no ensino superior, como o chamado Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM), destinado a medir quantitativamente a qualidade do ensino brasileiro. Todas as escolas, com poucas exceções, direcionam os estudos para a realização dessas avaliações que, além de provocar mal-estar, ansiedade, sentimento de frustração e de pavor nos alunos, também tem afetado as famílias que se esforçam para investir numa melhor formação para seus filhos, bem como os professores e professoras que não deixam de ser avaliados através de seus alunos. A pressão social gerada em torno das provas e exames colocam a avaliação como o elemento precípuo e primordial da educação escolar em termos numéricos, sobrepondo-se, inclusive, aos objetivos e finalidades com caráter mais humanístico.

No entanto qual é a finalidade da formação humana? Será que é só formar os alunos para passar no vestibular, formar para competir no mercado de trabalho, formar para se ajustar às regras do sistema vigente. Propostas dessa natureza não demonstram preocupação com a transformação das relações sociais, em reduzir as desigualdades econômicas, em formar gente para lidar com gente, formar o humano para humanizar pessoas, formar profissionais para conviver e lidar com pessoas.
Sem esse cuidado ético, fortalece-se tão-somente a visão de que estamos em franco processo de desenvolvimento educacional, social e econômico, de que estamos crescendo como nação emergente no cenário internacional. No entanto, pensando e agindo assim estamos na verdade prestando um desserviço à humanidade, reduzindo a condição de existência humana e desumanizando as pessoas, que passam a ser valorizadas basicamente pelos bens que possuem e não pelas virtudes e o bom caráter que cultivam. Para as gerações atuais e se não mudarmos essa situação, para as futuras gerações, o ter se sobressai e prevalece em relação ao ser.

É com essa reflexão que queremos mostrar nossa indignação com a decisão tomada pela Reitoria da Universidade Estadual do Piauí (UESPI),que se faz representar pelo  Reitor Carlos Alberto (PT), que sem ético e com extrema irresponsabilidade, aproveita o período de férias, evitando um debate com a comunidade acadêmica, para aprovar a adesão da UESPI ao novo ENEM, desrespeitando até o órgão de deliberação máxima da Instituição que é o Conselho Universitário (CONSUN), simplesmente para prostituir essa instituição ao governo federal, pois se tem a promessa de que a cada mil vagas ofertadas se terá um repasse de verbas federais para está instituição.

Essa pratica só nos mostra quanto essa instituição está defasada e sem nenhuma autonomia financeira ou administrativa. Se o governo federal tem dinheiro porque não faz esse repasse sem nos obrigar a aderir a essa politica do novo ENEM? Infelizmente o Reitor Carlos Alberto (PT) é submisso ao governador do Estado Wilson Martins (PSB), abrindo mão de nossa autonomia, ao invés de lutar por mais repasses e denunciar o descaso do governo estadual para com a UESPI.

Somos contra essa adesão ao novo ENEM, por que é notório que esse sistema não funciona, prova disse é que 45% das vagas após a seleção através do novo ENEM estão ociosas nas universidades que aderiram ao programa. Há casos escandalosos como o da Universidade Federal de Pelotas na qual 82% das vagas na faculdade de direito não estão preenchidas. A Universidade Federal do Mato Grosso começou as aulas com 2.482 vagas ainda vazias. Só no curso de enfermagem desta instituição, 207, das 265 vagas, não foram preenchidas. Na Universidade Federal do Piauí (UFPI) só no curso de medicina a cada 100 estudantes aprovados no último ENEM, mais de setenta são estudantes de fora do Piauí. No ano passado (2011), as questões vazaram e o adiamento da prova provocou mobilizações estudantis nas ruas e nos conselhos universitários.

Além disso, a comunidade acadêmica não foi ouvida, mesmo sendo responsáveis por todos os aspectos da vida universitária - os professores, estudantes e servidores - esses têm muito a dizer sobre as formas de ingresso na Universidade.  Devemos democratizar o acesso expandindo vagas com investimento, devemos democratizar o acesso, mas com responsabilidade e não pensando apenas em dinheiro ou comodidade. Tem que se pensar na questão social, nos conteúdos abordados, na relevância que isso venha a ter para o Piauí.

É preciso mais investimento para a UESPI, sim, que se encontra numa situação calamitosa, com seus cursos abandonados pelo Estado. Mas também precisamos de uma educação de qualidade e que seja prioritária em nossa sociedade, precisamos de política efetiva de assistência estudantil: bolsas, residências e Restaurante Universitário para que todos possam estudar!

O QUE QUEREMOS MESMO É SO O DIREITO DE TER UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA GRATUITA E DE QUALIDADE!


Centro Acadêmico de História de Parnaíba
Levante Popular da Juventude – Piauí